Já escutei várias vezes pessoas de outras cidades
perguntarem para os paulistanos porque vivem ali. O grande dilema para este
questionamento, é que gostariam de entender como alguém pode viver numa cidade
com tantos problemas. Entre os problemas listados por essas pessoas se encontra
o de poluição atmosférica, poluição sonora, poluição das águas, a alta
quantidade de veículos que circulam pela cidade que gera um grande problema com
a locomoção, além da quantidade de pessoas que vivem correndo contra o tempo.
Enfim, como possível visualizar, muitos desses problemas são típicos de cidades
grandes como São Paulo.
Segundo uma pesquisa da OMS em 2005, São Paulo ocupava o
sexto lugar das metrópoles mais poluídas do mundo. De acordo com outra pesquisa
publicada em outubro de 2013, o estado de São Paulo entre os anos de 2006 e
2011, teve 99.084 mortes relacionadas à má qualidade do ar, sendo que 4.665
dessas são da capital São Paulo. Neste mesmo período a cidade teve no entorno
de 15.065 internações por doenças atribuíveis a poluição, e gerou um gasto
público ao equivalente a R$ 31.279.534,00 reais (Mundo Sustentável, 2013).
Ainda, conforme publicado por UOL notícias – ciência (2011), a região
metropolitana da cidade de São Paulo, é a 4º mais poluída do país, e 268º do
mundo. A região tem uma média de microgramas por metro cúbico, duas vezes maior
do que a recomendada pela OMS.
De acordo com essas notícias, os veículos são
responsáveis por 90% da poluição do ar, onde os índices de qualidade nos pontos
de amostra do ar em São Paulo possuem índices piores nas áreas com maior
locomoção de veículos por dia, o que pode ser acompanhado pelo site da Cetesb.
Em paralelo com esses dados, buscamos entender a relação
de qualidade de vida das pessoas com questões relativas ao meio ambiente de maneira
indireta, conforme a pesquisa apresentada neste blog (http://contaminacionnacidade.blogspot.com.es/2014/01/resultado-da-pesquisa-realizada-com-uma.html).
Em analise pudemos concluir que as pessoas que vivem nas proximidades de áreas
verdes tem uma percepção muito melhor da cidade, do que as que vivem em áreas
mais afastadas e com grande movimento de veículos. Além disso, mesmo grande
parte das pessoas querendo modificar a paisagem da cidade, o que contabiliza
72,97% dos entrevistados em nossa pesquisa, fica quase que equilibrada as respostas
quando se trata se gostariam de mudar de cidade, onde 47,22% gostariam de
mudar, caso tivesse oportunidade. No entanto, os outros 52,77% dos nossos
entrevistados, que dizem que mesmo com esses problemas gostariam de viver na
cidade, e que jamais se mudariam dela, justificam que é por laços familiares e
de amizade, e que tem a esperança de ver mudanças na cidade quanto ao seu nível
de poluição de todos os tipos, apontados na lista apresentada logo no inicio.
Relacionando todas essas circunstancias foi possível
observar, que as 42,85% das pessoas que apontaram não ter qualidade de vida, obtém
relação com o tempo que levam em condução na cidade diariamente, no qual é outro
problema apontado. Além disso, também há a relação quanto à percepção da
cidade, com a questão de querer mudar dela, e quanto a sua paisagem, o que
justifica sua resposta de não possuir qualidade de vida.
Com relação aos 57,14% das pessoas que responderam ter
qualidade de vida, grande parte dessas, moram perto do seu trabalho, ou vivem
muito próximo a áreas verdes, e outras porque praticam esportes nessas áreas
que normalmente estão próximas a suas residências.
Dessa maneira, podemos concluir que a percepção quanto à
qualidade de vida do cidadão paulistano e de gostar mais ou menos da cidade,
possui relação com o quanto este se expõe aos problemas da cidade diariamente.
Além disso, é possível perceber que o cidadão está ciente dos problemas e que
possui esperanças de modificações na cidade, para uma cidade mais limpa e com
menos poluição, o que justifica o questionamento dos cidadãos de outras cidades
do por que viver em São Paulo.
A grande questão neste momento na verdade é como
solucionar estes problemas que se tornaram cotidianos na cidade? Qual seria uma
ação emergente para isso? Como mobilizar os 18 milhões de habitantes quanto a
esta situação? Que medidas ações públicas deveriam tomar? Como trabalhar de
maneira multidisciplinar? Pois, a questão de qualidade do ar está diretamente
ligada com as áreas do meio ambiente, saúde, turismo, transporte, entre outros.
Enfim, a cidade precisa de ações imediatas quanto a qualidade a sua qualidade
do ar.
Autores: Thais R. Monteiro; Pedro H. B. de Souza
Referências:
UOL, notícias – ciências,
2011. Disponível em: http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2011/09/26/diferenca-de-metodologia-explica-porque-o-rio-tem-o-ar-mais-poluido-que-o-de-sao-paulo-em-relatorio-da-oms-diz-inea.htm#fotoNav=12.
Acessado em: Dezembro de 2013.
MUNDO SAUDÁVEL, 2013.
Disponível em: http://www.mundosustentavel.com.br/2013/10/as-cidades-com-ar-mais-poluido-de-sp-e-o-custo-para-saude/.
Acessado em: Dezembro de 2013.
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